Por comodidade, variedade ou preço, a internet já se estabeleceu como uma plataforma para vendas. Com isso, diversos segmentos comerciais criaram suas lojas virtuais para expandir os negócios. A farmácia magistral foi uma das que não ficou de fora. Entretanto, por se tratar da saúde, existem regras para venda de medicamentos online que ditam as diretrizes para esse comércio.
Mas se você ainda se pergunta se o e-commerce vale o investimento, apresentamos alguns números. Somente no primeiro semestre de 2018, o faturamento no Brasil das vendas online ultrapassou os 23 milhões de reais. E foi o segmento saúde/cosméticos e perfumaria que liderou o ranking. Todos esses dados são do estudo da Webshoppers.
Portanto, para suprir essa demanda, farmácias investiram na criação de lojas virtuais específicas para seu público. Entre as exigências que guiam esse ramo estão as regras estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por meio da resolução nº 44/99.
Por isso, a farmácia que busca se modernizar, inovar através de um novo canal de vendas, deve obedecer às regras da Anvisa. E se adaptar traz resultados: alguns grupos farmacêuticos já realizam 50% das suas vendas em plataformas online. Então, vejamos quais são essas regras!
REGRAS PARA VENDA DE MEDICAMENTOS ONLINE: EXIGÊNCIAS MÍNIMAS
Somente farmácias que tenham loja física aberta para o público podem fazer a comercialização de medicamentos e produtos online. Nesse locais, deve haver um farmacêutico responsável durante todo o horário de atendimento para pedidos remotos.
DADOS OBRIGATÓRIOS
O e-commerce da farmácia deve possuir domínio “.com.br”, endereço específico para comercializar online no país. Assim como, informações e dados sobre a farmácia não podem faltar. A página principal do site da farmácia deve conter:
- Razão social e nome fantasia;
- CNPJ;
- Endereço e horário de atendimento;
- Telefone;
- Nome e número de inscrição no Conselho do Farmacêutico e Responsável Técnico;
- Licença ou Alvará Sanitário expedido pelo órgão Estadual ou Municipal de Vigilância Sanitária, segundo legislação vigente;
- Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) expedida pela Anvisa;
- Autorização Especial de Funcionamento (AE) para farmácias, quando aplicável;
- Disponibilizar um link com as normas da Anvisa e Conselho Regional de Farmácia, assim como um canal direto para comunicação entre cliente e farmacêutico.
Todas as vendas online devem ser feitas pelo site da farmácia e ela deve estar devidamente autorizada e licenciada pelos órgãos de vigilância competentes. E todos os pedidos feitos de maneira remota devem ser registrados.
MEDICAMENTOS SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Entre as regras para venda de medicamentos online, aquelas sobre medicamentos que exigem prescrição médica requerem certo cuidado. É proibido o uso de imagens, propaganda, publicidade ou promoção desse medicamento em qualquer parte da página online. É imprescindível a apresentação e avaliação da receita pelo farmacêutico. Quanto aos medicamentos controlados, esses são proibidos de venda online.
DIVULGAÇÃO DE PREÇOS
A maneira como são dispostas as informações sobre o preço do medicamento também devem seguir certas normas. Entre elas:
- Nome comercial do produto;
- O(s) princípio(s) ativo(s), conforme Denominação Comum Brasileira;
- Apresentação do medicamento, incluído a concentração, forma farmacêutica e quantidade;
- Número do registro na Anvisa;
- Nome do detentor do registro;
- Preço.
Nessa apresentação de preços, não deve haver símbolos, designações, figuras, imagens, desenhos, marcas figurativas ou mistas, slogans ou quaisquer frases de cunho publicitário sobre o medicamento.
Entretanto, medicamentos sem prescrição médica, devem conter frases de advertência em destaque.
Além disso, é papel da farmácia estar atenta à possíveis mudanças nas regras para venda de medicamentos online. Dessa forma, a farmácia garante dupla segurança: tanto para os clientes que adquirem seus produtos na internet quanto para o próprio negócio.
Então, está pronto para abrir a loja virtual da sua farmácia? Nós já falamos sobre os principais pontos da criação de um site para farmácia. Leia aqui!
Referências: Estadão, Conselho Magistral e Anvisa